terça-feira, 24 de junho de 2014

Gênero textual: Relato




Esse  texto  faz  conta  um  fato  inusitado  ocorrido  durante  a  gravação  de um  programa  de  TV:  a  perda  de  um  dente  provisório.  Assim,  podemos nos  apropriar  das  palavras  de  Abaurre  e  Abaurre  (2008,  p.  46),  em  seu livro Produção de texto: interlocução e gêneros, e afirmar que:

  • “O  relato  é  um  texto  no  qual  são  apresentadas  as  informações  básicas (os  fatos)  referentes  a  um  acontecimento  específico. 
  • O  principal objetivo  do  relato,  oral  ou  escrito,  é  informar,  reconstruindo  para  o leitor/ouvinte  uma  sequência  de  acontecimentos. 
  • Por esse  motivo,  os relatos focalizam as ações.”



A ponte que partiu

              Foi  durante  as  gravações  do  programa  Os  normais,  uma  cena  em  que estavam  eu,  Luís  Fernando  Guimarães,  Fernanda  Torres  e  Danielle Winits.  Era  um  jantar  e  estávamos  comendo  um  bobó  de  camarão. Durante esse jantar, rolavam uns beijos, cada um falava uma coisa, e aí mordi  um  camarão.  Eu  estava  fazendo  um  tratamento  dentário,  estava com  um  dente  provisório  na  boca  e,  quando  mordi  o  camarão,  senti alguma coisa a mais que o camarão. Senti que o dente tinha saído, o tal provisório. A cena rolando e eu arregalando o olho.Rapidamente, passo a mão na boca, escondo o dente e continuo a falar com os outros e tal... apavorado com a situação. Terminou a cena, fui lá para trás, encaixei o dente  e  voltei  para  gravar  a  próxima  cena,  que  era  uma  briga  das  duas meninas. 
          A Danielle e a Fernanda brigavam no chão e eu tinha que pular em cima delas  e  separá-las.  Quando  eu  pulei,  o  dente  também pulou  fora.  Eu, desesperado,  abaixei  a  cabeça:  “Separa,  separa,  não faz  isso!”  e  ficava procurando  o  dente,  disfarçadamente.  Pensei:  “Meu  Deus  será  que  a câmera  pegou  isso?  Onde  está  esse  dente?”  Aí,  “corta,  corta!”,  a  cena tinha  ficado  legal.  Ainda  dei  mais  uma  olhada  e  não achei  nada.  A Fernandinha  levantou  sorrindo,  com  o  cabelo  todo  despenteado,  e, quando olhei para ela,  vi  o  dente  preso  no  cabelo,  perto  da  orelha.  Eu  rapidamente  tive presença  de  espírito:  “Pô,  Nanda,  te  machuquei?”  Passei  a  mão  no cabelo dela pegando o dente... Ela nem sacou nada, ninguém  sacou.  Recapturei  o  dente  e    depois  comentei  com  o  Luís Fernando  o  que  tinha  acontecido.  A  gente   riu  bastante.  Foi  uma  típica cena de , Os normais.

HERINGER, Arlete (org.). Evandro Mesquita. Paguei o maior mico. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.p. 39-40.


Valeu! Até a próxima. 
Maíza Soares
 

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