quarta-feira, 30 de julho de 2014

Desenvolvimento Organizacional: É BOM SABER.



11-    Judson define de maneira bem ampla a mudança organizacional. Quais os tipos de mudança organizacional mais comuns segundo esse autor?
Arnold S. Judson define mudança de forma bastante ampla, como qualquer alteração, iniciada pela administração, na situação ou no ambiente de trabalho de um indivíduo. Os tipos de mudança seriam:
·         Mudanças nos métodos de operação;
·         Mudanças nos produtos;
·         Mudanças na organização;
·         Mudanças no ambiente de trabalho.

22-    O que é desenvolvimento organizacional, dito de forma bem simples?
Mudança organizacional é um conjunto de alterações na situação ou no ambiente de trabalho de uma organização.
33-    O processo de desenvolvimento organizacional comporta quatro etapas, quais são elas?
·         Situação real, diagnóstico e Situação desejada;
·         Planejamento da ação (métodos de mudança, sequência);
·         Implementação e folow-up;
·          Avaliação.

44-    Em que diferem as organizações burocráticas das pré- burocráticas?
Organizações burocráticas têm uma estrutura, basicamente, de cargos, onde prevalece o padrão monocrático de chefia e ocupantes dos cargos desempenham papéis rigorosamente definidos. Características: Seleção por Treinamento específico, promoção por mérito, bases da especialização por treinamento na organização, hierarquia é a autoridade legal com sistema de status, suas regras são legalísticas e rígidas, com mandato permanente e o tratamento com os clientes é impessoal e universalista.
Enquanto que nas organizações pré-burocráticas o processo de seleção se dá nas relações pessoais, com favoritismo e muita corrupção, as bases de especialização para os cargos são calcadas na arbitrariedade, bem como de pai pra filho, de acordo com as classes sociais, suas regras seguem como tradição e para manutenção de seus mandatos, as pessoas seguem na condição de dependentes de favores, finalizando vale ressaltar que o tratamento dos clientes é particularista e de cunho pessoal.

55-    Para onde, em geral, são dirigidas as alterações comportamentais?
Em geral, as alterações comportamentais são dirigidas para o desenvolvimento da comunicabilidade e da criatividade, para a formação de equipes administrativas coesas e homogêneas, para a quebra de resistência à mudança, para a valorização dos aspectos humanos do trabalho.

GESTÃO DA VIGILÂNCIA À SAÚDE- Questionamentos pertinentes








1.      Por que neste texto usamos o termo “vigilâncias do campo da saúde” ou “vigilância(S) em saúde”?
Porque se baseia no reconhecimento da existência de diferentes significados para “vigilância da/na/à/em saúde” e da ocorrência de desenvolvimento desigual de cada uma das vigilâncias do campo da saúde.
2.      Liste as singularidades de cada uma das vigilâncias do campo da saúde em relação às suas definições e aos seus processos de trabalho.
·         Vigilância Sanitária: um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I – o controle de bens de consumo que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990, art. 6º, § 1º).
·         Vigilância epidemiológica: um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (BRASIL, 1990, art. 6º, § 2º);
·         Saúde do trabalhador: um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho [...] (BRASIL, 1990, art. 6º, § 3º);
·         Vigilância em Saúde Ambiental: um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde (BRASIL, 2001; BRASIL, 2005c).
3.      Quais os pontos de convergência entre as vigilâncias do campo da saúde e a promoção da saúde?
Vigilâncias do campo da saúde
Promoção da saúde
  •   São integrantes da Promoção à Saúde; 
  •      Ultrapassam a visão do risco ao proporem a transformação dos processos de consumo, de trabalho e de produção e a inserção do cidadão e do trabalhador nesses processos;
  •      A contradição capital- trabalho- saúde gera tensões que exigem a ação do Estado para diminuir as desigualdades;
  •         Poder de polícia, poder da Administração Pública, em que o Estado, com base no interesse público, pode intervir;
  •      A vigilância em saúde do trabalhador, ao lidar com a questão do processo de trabalho, e a vigilância ambiental, com o processo de produção/industrialização e o ambiente, são igualmente arenas de conflito entre interesses privado e coletivo que exigem a intervenção do Estado (LUCCHESE, 2001; ALVES, 2003; BRASIL, 2005b;c)
  •       Implica uma redefinição da saúde e de seus objetos, pois a saúde passa a ser compreendida como resultado de fatores relacionados à qualidade de vida, ultrapassando o enfoque de doença e incluindo questões como habitação, alimentação, educação e trabalho;          
  • Prevê ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do sistema de saúde e de parcerias intersetoriais; a responsabilidade é múltipla porque representa uma estratégia transversal.

4. Você sabe como se organizam as vigilâncias em seu Município? Quantos profissionais estão envolvidos?
O termo utilizado no município de Teotônio Vilela/AL é Vigilância em Saúde, desmembrada em cinco eixos, a saber:
Vigilância Epidemiológica:
·         Coordenação: 01 coordenadora e 02 digitadores;
·         PNI (Programa Nacional de Imunização): 01 profissional de nível superior;
·         Endemias: 01 coordenador, 36 agentes de endemias, 02 supervisores para zonas urbana e rural;
·         PCE (Programa de controle da esquistossomose):;
·         Programa da dengue;
·         Dentre outras atividades concernentes à área.
Vigilância Sanitária:
·         São 04 profissionais, sendo 01 de nível superior, veterinário,  e 03 de nível médio. Falta um farmacêutico.
Vigilância em Saúde Ambiental: possui somente um profissional;
Vigilância da Saúde do Trabalhador e Promoção à Saúde: funcionam conjuntamente com 02 profissionais de nível superior.
Total de profissionais: 50 profissionais.


DISCIPLINA: POLÍTICAS DE SAÚDE: FUNDAMENTOS E DIRETRIZES DO SUS- TAREFA 03



 O processo de regulamentação do SUS efetivado pelas NOBs gerou uma remodelação que apontou para mudanças importantes e significativas. Para a implantação do SUS, a operacionalização do sistema de saúde teve que enfrentar questionamentos desfavoráveis em virtude do ajuste estrutural da economia, em meio a uma crise fiscal, mas necessárias para com a legitimidade do Estado.
As principais inovações ocorridas no processo de implantação dizem respeito à descentralização e a nova visão de Gestão Pública. Essa nova visão é inicialmente decorrente das NOB-SUS 91 e NOB-SUS 93. A primeira com a finalidade de disciplinar e padronizar os fluxos financeiros entre as esferas de governo, bem como combater a ineficiência das redes públicas. Apesar, dessa norma operacional básica, ter centralizado o sistema para o plano federal, pois tornou os gestores estaduais e municipais meros prestadores de serviço, essa NOB impulsionou a capacitação municipal para a gestão, de forma a tornarem-se habilitados à gestão descentralizada.
A segunda foi gerada num âmbito de implementação do SUS, tem sua base nas resoluções da IX Conferência Nacional de Saúde, e seu foco está na municipalização da saúde.
            Outro avanço significante diz respeito aos organismos colegiados criados nesta mesma década: as comissões intergestoras, instâncias fundamentais de pactuação, sendo CIT (Comissão Intergestora Tripartite) que assiste ao Ministério da Saúde na elaboração de propostas para a operacionalização do SUS, e CIB (Comissão Intergestora bipartite) em nível estadual, sendo um espaço destinado às negociações e de tomadas de decisões.
            A NOAS-SUS 2002, atual instrumento normativo do SUS visa aumentar a capacidade gerencial dos municípios e melhorar o acesso às ações de saúde. Seu objetivo é promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações de saúde em todos os níveis de atenção. Para isso objetiva ampliar as responsabilidades dos municípios quanto à atenção básica, tornar viável a regionalização, criando mecanismos para o fortalecimento da gestão do SUS e atualizar os critérios e habilitação de estados e municípios.
            O SUS tem caráter redistributivo e acolhe diversos segmentos da sociedade, principalmente os mais vulneráveis. Ainda assim, seu maior obstáculo é o financiamento, pois os recursos são insuficientes para a nossa realidade social, nosso contexto econômico continua a reproduzir a desigualdade.

POLÍTICAS DE SAÚDE: FUNDAMENTOS E DIRETRIZES DO SUS- 2




Antes da Constituição Federal de 1988 a Política Social Brasileira era fragmentada, verticalizada e profundamente assistencialista, a começar pela Lei Eloy Chaves de 1923 que criou as CAPs- Caixas de Aposentadorias e Pensões- para os trabalhadores, de forma discriminatória e restrita, as empresas organizavam-nas sem a participação do Estado. Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Saúde passou a compor o capítulo da Seguridade Social e passou a ser vista como direito de todos e dever do Estado. Ou seja, a partir de então não será obrigatório o acesso decorrente de contribuição financeira, pois esse financiamento será assumido pelo conjunto da sociedade. O direito de todos será assegurado através do acesso universal e igualitário a todos os serviços de saúde, em conformidade com as diretrizes da universalidade e integralidade.
 Para ratificar e complementar o arcabouço legal, as leis 8.080 e 8,142 ambas de 1990 fortalecem a política pública de saúde redesenham-na por meio da descentralização e participação da comunidade. Na sua operacionalização o processo de descentralização ganhou força e desempenho, pois surgiram novos espaços institucionais, as chamadas comissões intergestores: tripartitte (federal) e bipartite (estadual).
É salutar que a participação concebida com a lei 8.142/90 é manifestada na obrigatoriedade da constituição de Conselhos de Saúde em todos os níveis de governo, evidenciando o Controle Social tão necessário à democratização da política pública e acompanhamento e monitoramento da “coisa” pública, esses órgãos deliberativos e permanentes têm competência, identidade e dinâmica. Este cenário anteriormente era impossível, pois o sistema de saúde era um modelo engessado e discriminador, afinal somente aqueles que contribuíam financeiramente, que tinham carteira assinada, podiam usufruir dos serviços de saúde da época. No entanto, ainda existem resistências quanto À sua efetivação no que tange ao seu funcionamento enquanto órgão de controle social. É fato que muitos conselhos funcionam como interlocutores da administração municipal ocorrendo para tanto certos favorecimentos. Na realidade existem muitos entraves como a falta de informações sobre a missão do órgão, bem como a capacitação dos conselheiros. Mas, não deixa de ser um grande avanço, se nos reportarmos ao modelo de saúde anterior verificaremos que espaço para a sociedade falar, de se fazer ouvir e de se articular para participar do processo decisório, era inexistente.