Tarefa da disciplina acima mencionada da especialização em Gestão em Saúde- UFAL
As
principais formas de adoecimento da população brasileira no decorrer da
industrialização foram doenças da pobreza, as transmissíveis como: Febre
amarela urbana, varíola, tuberculose, sífilis, Doenças infecciosas e parasitárias,
deficiências nutricionais, “morbidade moderna (doenças do coração, neoplasias,
acidentes e violência decorrentes dos processos de trabalho, o fato é que na
maior parte desse tempo, a questão sanitária se manteve circunscrita à
corporação médica e as entidades religiosas, ou seja, a presença do Estado só
era percebida episodicamente como em epidemias e catástrofes naturais, e aos
desvalidos restava a caridade. As ações do governo inerentes às problemáticas
de saúde da população naquela época foram ações pontuais, sem continuidade,
individual e curativa. As ações de Campanhas sanitárias, Assistência médica: Individual
e corporativa, Caridade, Sanitarismo
campanhista, Caixas
de Aposentadorias e Pensões, dentre outras.
A institucionalização
da saúde pública, a partir da Era Vargas, foi baseada em 03 possibilidades:
1) Campanhismo-
com ênfase nas campanhas sanitárias de caráter temporário, com grande
mobilidade de recursos e Administração centralizada, isto é, trabalhavam
“apagando incêndio” (epidemias), o que promoviam a criação de problemas na
organização e administração dos serviços, para época era um mal necessário.
2) Curativismo-enfatizando
a medicina curativa, cujo objeto eram as doenças, não observa-se a preocupação
com o impacto sobre o nível de saúde da população, pois era incapaz de alterar
significativamente os níveis de saúde.
3) o enfoque na medicalização social.
A
capacidade resolutiva do sistema de saúde brasileiro no período em que o modelo
era centralizado, era mínima, quiçá escassa, contribuía para o agravamento da precarização
das condições de vida das populações urbanas e rurais. Os aspectos políticos
que interferiram na situação de saúde antes da 8a Conferência Nacional
de Saúde estavam intimamente ligados ao autoritarismo, a compra de serviços
de assistência médica ao setor privado e a saúde como bem de consumo. Esse
cenário provocou uma crise no setor saúde com Insuficiência, descoordenação, má
distribuição, inadequação e ineficácia dos serviços de assistência da rede
pública.
A 8a
Conferência Nacional de Saúde/ 1986 na construção do Sistema de Saúde
Brasileiro representou uma mudança do conceito saúde/doença, sendo este resultado
das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes
dificuldades nos níveis de vida da população, concluiu que apenas a assistência
médica não é suficiente, pois saúde significa o acesso das pessoas a emprego
com salário justo, Educação somada à habitação e ao saneamento, transporte, alimentação
adequada, com respeito à cultura e ao lazer, com acesso e posse de terra, bem
como a um sistema de saúde digno e de qualidade, nesta conferência foram
estabelecidos os fundamentos do futuro SUS. Por conseguinte a Constituição
Federal/1988 ratificou a Saúde como um direito de todos e dever do Estado. O SUS
– leis 8080/90 e 8142/90, representa um pacto social, direito do cidadão e
dever do Estado, pois implica na responsabilidade e solidariedade da sociedade.
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