sexta-feira, 2 de maio de 2014

AS DIFERENÇAS ENTRE AS VISÕES DE ESTADO DE ADAM SMITH, SCHUMPETER E KEYNES



AS DIFERENÇAS ENTRE AS VISÕES DE ESTADO DE ADAM SMITH,
 SCHUMPETER E KEYNES


Visões de Estado




Adam Smith
(1723-1790)

Segundo Smith o motor do crescimento econômico é a divisão de trabalho. Para ele, o mercado deve funcionar com a mínima interferência do estado e para isso, atribui ao estado os defeitos da prodigalidade e do mau emprego dos capitais. Sua teoria rejeita qualquer papel ativo do Estado no processo de acumulação de capital, principalmente na cobrança de receitas por meio de impostos sobre os rendimentos privados, com o objetivo de fazer despesas que se substituam às despesas dos particulares. Smith, como pai do liberalismo que é, confia no individualismo, nas virtudes do sistema de liberdade natural, considera mesmo que, certos vícios privados constituem virtudes públicas. O Estado devia se limitar as atividades de defesa nacional, segurança interna, pois que pela sua natureza o privado não podia construir.
O papel do estado se situa aqui, essencialmente a dois domínios essenciais: criar condições para que o mercado possa funcionar e fornecer bens que o mercado não pode produzir.




 Joseph Schumpeter
(1883-1950)

Para explicar a dinâmica econômica do sistema, Schumpeter criou a expressão “destruição criadora”. Com enfoque na esfera política, além da econômica,  procurou explicar a coexistência entre democracia e economia de mercado nas modernas sociedades capitalistas. Ao invés de conceber a democracia como interesse coletivo, Schumpeter descreveu-a simplesmente como um sistema de competição entre elites por via eleitoral, essa teoria também ficou conhecida como teoria elitista da democracia. Entendida como competição pela liderança, requeria a livre competição pelo dos eleitores, supondo que o povo elegeria e não elegeria segundo sua vontade. Nessa dinâmica coexistia com outros fatores preponderantes, a possibilidade da minoria vir a se tornar maioria e ocupar o governo.




John Maynard Keynes
(1883-1946)


Para Keynes, o Estado deveria desempenhar o papel de agente anticíclico nos períodos recessivos, induzindo os investimentos privados por meio da redução das taxas básicas de juros e aumentando o gasto público sob a forma de investimentos diretos em infraestrutura e obras públicas. Segundo ele, a intervenção política nos mercados não deveria se limitar à ação dos Estados nacionais, mas deveria levar à criação de instituições internacionais voltadas a coordenação monetária e macroeconômica entre diferentes países, o que deu origem ao que conhecemos como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).



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