AS
DIFERENÇAS ENTRE AS VISÕES DE ESTADO DE ADAM SMITH,
SCHUMPETER E KEYNES
Visões
de Estado
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Adam
Smith
(1723-1790)
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Segundo
Smith o motor do crescimento econômico é a divisão de trabalho. Para ele, o
mercado deve funcionar com a mínima interferência do estado e para isso,
atribui ao estado os defeitos da prodigalidade e do mau emprego dos capitais.
Sua teoria rejeita qualquer papel ativo do Estado no processo de acumulação
de capital, principalmente na cobrança de receitas por meio de impostos sobre
os rendimentos privados, com o objetivo de fazer despesas que se substituam
às despesas dos particulares. Smith, como pai do liberalismo que é, confia no
individualismo, nas virtudes do sistema de liberdade natural, considera mesmo
que, certos vícios privados constituem virtudes públicas. O Estado devia se
limitar as atividades de defesa nacional, segurança interna, pois que pela
sua natureza o privado não podia construir.
O papel do estado se situa aqui, essencialmente a dois domínios essenciais: criar condições para que o mercado possa funcionar e fornecer bens que o mercado não pode produzir. |
Joseph Schumpeter
(1883-1950)
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Para
explicar a dinâmica econômica do sistema, Schumpeter criou a expressão
“destruição criadora”. Com enfoque na esfera política, além da econômica, procurou explicar a coexistência entre
democracia e economia de mercado nas modernas sociedades capitalistas. Ao
invés de conceber a democracia como interesse coletivo, Schumpeter
descreveu-a simplesmente como um sistema de competição entre elites por via
eleitoral, essa teoria também ficou conhecida como teoria elitista da
democracia. Entendida como competição pela liderança, requeria a livre
competição pelo dos eleitores, supondo que o povo elegeria e não elegeria
segundo sua vontade. Nessa dinâmica coexistia com outros fatores
preponderantes, a possibilidade da minoria vir a se tornar maioria e ocupar o
governo.
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John
Maynard Keynes
(1883-1946)
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Para
Keynes, o Estado deveria desempenhar o papel de agente anticíclico nos
períodos recessivos, induzindo os investimentos privados por meio da redução
das taxas básicas de juros e aumentando o gasto público sob a forma de
investimentos diretos em infraestrutura e obras públicas. Segundo ele, a
intervenção política nos mercados não deveria se limitar à ação dos Estados
nacionais, mas deveria levar à criação de instituições internacionais voltadas
a coordenação monetária e macroeconômica entre diferentes países, o que deu
origem ao que conhecemos como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional
(FMI).
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