domingo, 4 de maio de 2014

visões Liberal e Marxista no tocante a interação Estado- Mercado

Principais distinções existentes entre as visões Liberal e Marxista no tocante a interação Estado- Mercado

CORRENTES
PENSADORES
INTERAÇÃO  ESTADO- MERCADO









LIBERAL









Thomas Hoobes, John Locke, Charles Louis de Secindat, barão de Montesquieu e Jean Jacques Rousseau
Ø  Surgiu nos séculos XVII e XVIII, fundada no Jusnaturalismo, que buscou a origem do Direito e da ordem política legítima;

Ø  Alicerçada na ideia de que a vida em sociedade é proveniente de contrato social, não sendo o ambiente natural, em virtude de esse contrato ter sido precedido por um estado de guerra e um estado de natureza;

Ø  O Direito Natural, fruto das relações humanas, é a base legítima do Direito Civil, pois somente a razão reconhece-o como sendo inalienável;

Ø  No estado de natureza não havia poder estatal, os indivíduos tinham liberdade plena. Segundo os pensadores acreditavam que a mudança para o estado civil ocorreu em virtude da necessidade de segurança e proteção dos bens e vida de cada ser;

Ø  A condição de miserabilidade da humanidade culminou num pacto que deu origem ao Estado;

Ø  Direitos Naturais preservados, inalienáveis. Nem o indivíduo pode renunciá-los, nem o Estado atentar contra eles. Sendo ambas as ações ilegítimas;

Ø  O poder do Estado é sempre limitado pelos Direitos Naturais;

Ø  Todo ser é portador de direitos irrevogáveis que devem ser respeitados por qualquer governo;

Ø  Carrega consigo a noção de representação popular como fundamento do poder político;

Ø  Com temor de tirania, os liberais recomendaram: favorecimento às classes educadas e proprietárias na participação política, mas essa recomendação foi ultrapassada com o advento da democracia; e ainda a garantia de expressão das minorias através das representações, o que foi bem aceito na democracia liberal;

Ø  Pressupostos adaptados com o surgimento das sociedades liberais, nos séculos XIX e XX.




MARXISTA




Karl Marx

Ø  Caracterização da luta de classes como sendo a forma de organização social, dominação e representação do mundo;

Ø  Materialismo dialético, o método que Karl Marx criou e utilizou a fim de explicar as relações de produção da riqueza social, as classes sociais são o conceito-chave desse pensamento;

Ø  Compreensão do funcionamento do modo de produção capitalista: as forças produtivas e as relações de produção;

Ø  Defende que a razão do surgimento e manutenção do Estado está na garantia da dominação da classe burguesa sobre o proletariado;

Ø  A fim de esclarecer as circunstâncias da conjuntura capitalista da época, Karl Marx examinou os modos de produção anteriores, para assim formular sua teoria geral: Comunismo Primitivo (característico da pré-história), os modos de produção: o asiático (exploração de tribos e comunidades), o antigo (fundado na escravidão), o feudal (nobreza e servos num complexo sistema de uso da terra) e o capitalista (sociedades industriais, burguesia e proletariado);

Ø  A Teoria Marxista não substituiu a ordem liberal presente na sociedade capitalista e sim emergiu neste cenário propondo uma nova ordem societária.

Ø  Karl Marx classificou as relações sociais de mercado como Fetichismo de Mercadoria, por transformar todos os fatores de produção, inclusive a força de trabalho, em meras mercadorias. O sociólogo compreendia as relações de produção como relações humanas e NÃO relações entre coisas;

Ø  Teoria de valor: exploração do proletariado pela burguesia, surgindo dessa relação a mais-valia;

Ø  Para Karl Marx a evolução da sociedade capitalista seria a superação do modo de produção através da dissolução da burguesia e ascensão do proletariado como classe da maioria. É salutar que para o sociólogo, toda forma de governo é uma ditadura. Com o socialismo científico seria uma ditadura da maioria e não da minoria como na burguesia. Afinal seria um governo de classe.

Ø  Para Marx, o pleno desenvolvimento do capitalismo era uma condição necessária para a implantação do socialismo.


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