Principais
distinções existentes entre as visões Liberal e Marxista no tocante a interação
Estado- Mercado
CORRENTES
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PENSADORES
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INTERAÇÃO
ESTADO- MERCADO
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LIBERAL
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Thomas Hoobes, John Locke, Charles Louis de
Secindat, barão de Montesquieu e Jean Jacques Rousseau
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Ø
Surgiu
nos séculos XVII e XVIII, fundada no Jusnaturalismo, que buscou a origem do
Direito e da ordem política legítima;
Ø Alicerçada na ideia de que a vida em
sociedade é proveniente de contrato social, não sendo o ambiente natural, em
virtude de esse contrato ter sido precedido por um estado de guerra e um
estado de natureza;
Ø
O
Direito Natural, fruto das relações humanas, é a base legítima do Direito
Civil, pois somente a razão reconhece-o como sendo inalienável;
Ø
No
estado de natureza não havia poder estatal, os indivíduos tinham liberdade
plena. Segundo os pensadores acreditavam que a mudança para o estado civil
ocorreu em virtude da necessidade de segurança e proteção dos bens e vida de
cada ser;
Ø
A
condição de miserabilidade da humanidade culminou num pacto que deu origem ao
Estado;
Ø
Direitos
Naturais preservados, inalienáveis. Nem o indivíduo pode renunciá-los, nem o
Estado atentar contra eles. Sendo ambas as ações ilegítimas;
Ø
O
poder do Estado é sempre limitado pelos Direitos Naturais;
Ø
Todo
ser é portador de direitos irrevogáveis que devem ser respeitados por
qualquer governo;
Ø
Carrega
consigo a noção de representação popular como fundamento do poder político;
Ø
Com
temor de tirania, os liberais recomendaram: favorecimento às classes educadas
e proprietárias na participação política, mas essa recomendação foi
ultrapassada com o advento da democracia; e ainda a garantia de expressão das
minorias através das representações, o que foi bem aceito na democracia
liberal;
Ø
Pressupostos
adaptados com o surgimento das sociedades liberais, nos séculos XIX e XX.
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MARXISTA
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Karl Marx
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Ø Caracterização da luta de classes como
sendo a forma de organização social, dominação e representação do mundo;
Ø Materialismo dialético, o método que Karl
Marx criou e utilizou a fim de explicar as relações de produção da riqueza
social, as classes sociais são o conceito-chave desse pensamento;
Ø
Compreensão
do funcionamento do modo de produção capitalista: as forças produtivas e as
relações de produção;
Ø
Defende
que a razão do surgimento e manutenção do Estado está na garantia da
dominação da classe burguesa sobre o proletariado;
Ø
A fim de
esclarecer as circunstâncias da conjuntura capitalista da época, Karl Marx
examinou os modos de produção anteriores, para assim formular sua teoria
geral: Comunismo Primitivo (característico da pré-história), os modos de
produção: o asiático (exploração de tribos e comunidades), o antigo (fundado
na escravidão), o feudal (nobreza e servos num complexo sistema de uso da
terra) e o capitalista (sociedades industriais, burguesia e proletariado);
Ø
A Teoria
Marxista não substituiu a ordem liberal presente na sociedade capitalista e
sim emergiu neste cenário propondo uma nova ordem societária.
Ø
Karl Marx
classificou as relações sociais de mercado como Fetichismo de Mercadoria, por
transformar todos os fatores de produção, inclusive a força de trabalho, em
meras mercadorias. O sociólogo compreendia as relações de produção como
relações humanas e NÃO relações entre coisas;
Ø
Teoria de
valor: exploração do proletariado pela burguesia, surgindo dessa relação a
mais-valia;
Ø
Para Karl
Marx a evolução da sociedade capitalista seria a superação do modo de
produção através da dissolução da burguesia e ascensão do proletariado como
classe da maioria. É salutar que para o sociólogo, toda forma de governo é
uma ditadura. Com o socialismo científico seria uma ditadura da maioria e não
da minoria como na burguesia. Afinal seria um governo de classe.
Ø
Para
Marx, o pleno desenvolvimento do capitalismo era uma condição necessária para
a implantação do socialismo.
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